“Abro a porta do meu mundo, e o vento me socorre. E em seu som ouço com frescor a paz me curando das tentativas de ódio. Em meu jardim, eu ando sem medo. Nele me protegi com todas as cores que eu pude lembrar, e assim a escuridão fica sem jeito, vencida. Tão distante fico eu no horizonte, com esse céu inteiro sobre mim. Teço os sentimentos que me faz bem. Quero sempre acordar sem o despertar das saudades, sem todas aquelas lembranças de um fim avassalador. Sou agora um recomeço, o aroma de flor desabrochada. Sou essa idade não sentida, o irremediável apaixonado sofredor. Sou o bem que sobrepõe as feridas. Sou um sobrevivente de alma resistente. Todas as experiências juntas até então, consolidaram a pessoa ainda mais livre que sou hoje.”
