“O descaso e eu temos uma relação justa. Tudo que eu dava importância se foi, e eu duvidei de Deus. Coloquei meus desejos num pedestal, e nem me questionei se eu merecia tudo que eu tinha. E esse meu apocalipse emocional, agora, é a tristeza de Deus por minhas falhas. Eu o decepcionei e o envergonhei. Eu tinha alegrias e nunca por elas agradecia. E a minha solidão agora é justa, é meu pecado pela arrogância. Eu pediria misericórdia, mas eu sei que mereço qualquer castigo, por toda dor que causei. E queria dizer que agradeço por tudo – mesmo que agora seja tarde – pelas histórias felizes que eu vivi, mas também por tirar tudo, quando nada eu merecia. No meu sofrimento só teve justiça, e na minha felicidade, teve o seu amor. E não te amo menos por tudo que se fez. Eu posso ver a luz, do chão onde estou. Mas sei que não é tão longe, na minha dor eu te sinto, mesmo sobre teu juízo, tuas mãos me protegem. Queria ter sido aquele corajoso que tu podias ver em mim, para me desviar dos pecados, ter te visto não no preço a pagar, mas pelo seu amor em tudo que recebi. De todos os meus erros, foi eu perceber sua grandeza tardiamente, e ter feito de mim, alguém que sempre te lembrará as tantas vezes que falhei.”

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